segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Primeiro, depois e adeus

Primeiro foi o medo, aquela figura de cabelo punk, coturnos e roupa escura nao me causou, em nada, boa impressao. Depois foi a curiosidade de saber se a figura era mesmo "do mal" ou se tudo nao passava de uma fachada muito bem montada. Se seguiram algumas visitas ao café, alguns cumprimentos, uma que outra cerveja e ponto. A segunda opçao era a correta. Nao sei como aconteceu, mas do medo inicial comecei a, pouco a pouco, reparar nos olhos, na cor da pele, nas maos, enfim, em todos os detalhes que estavam à vista. Até que surgiu um convite da parte dela de nos conhecermos melhor. Da curiosidade passei à ansiedade do encontro. E quando ele finalmente aconteceu tive que entregar os pontos: àquela pessoinha, tao controversa, tinha realmente conseguido despertar em mim uma vontade urgente de estar junto à ela. Uma noite saímos para beber com um grupo de amigos e depois...bem, depois eu saltei do carro que me levaria à casa, disse que logo me arranjaria para voltar e me lancei nos braços dela. Foi uma noite incrível e agora, lembrando bem dos detalhes, foi um belo presente de aniversário (era noite de 19 de abril, de fato). Outras noites igualmente alcoólicas se seguiram àquela e a segunda coisa que me aconteceu foi me apaixonar. A terceira nao foi dizer adeus porque, apesar do seu desaparecimento repentino, nao ficou nada por resolver entre nós. Nem por dizer.

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